segunda-feira, 26 de abril de 2010

Lifehouse - You and me.


What day is it and in what month
This clock never seemed so alive
I can't keep up
And I can't back down
I've been losing so much time

'Cause it's you and me and all of the people
With nothing to do
Nothing to lose
And it's you and me and all of the people
And I don't know why
I can't keep my eyes off of you

All of the things that I want to say
Just aren't coming out right
I'm tripping in words
You got my head spinning
I don't know where to go from here

'Cause it's you and me and all of the people
With nothing to do
Nothing to prove
And it's you and me and all of the people
And I don't know why
I can't keep my eyes off of you

There's something about you now
I can't quite figure out
Everything she does is beautiful
Everything she does is right

'Cause it's you and me and all of the people
With nothing to do
Nothing to lose
And it's you and me and all of the people
And I don't know why
I can't keep my eyes off of you

You and me and all of the people
With nothing to do
Nothing to prove
And it's you and me and all of the people
And I don't know why
I can't keep my eyes off of you

What day is it
And in what month
This clock never seemed so alive

sábado, 17 de abril de 2010

Primeiros Erros - Capital Inicial



Meu caminho é cada manhã
Não procure saber onde estou
Meu destino não é de ninguém
E eu não deixo os meus passos no chão
Se você não entende não vê
Se não me vê não entende

Não procure saber onde estou
Se o meu jeito te surpreende
Se o meu corpo virasse sol
Se a minha mente virasse sol
Mas só chove, chove
Chove, chove

Se um dia eu pudesse ver
Meu passado inteiro
E fizesse parar de chover
Nos primeiros erros
Meu corpo viraria sol
Minha mente viraria sol
Mas só chove, chove
Chove, chove (2x)

Meu corpo viraria sol
Minha mente viraria
Mas só chove, chove
Chove, chove
Meu corpo viraria sol
Minha mente viraria sol
Mas só chove, chove
Chove, chove

Turma F-1



Fazem parte da minha vida, e da minha história.
Amores que carrego na memória.
Amores que o vento não pode levar...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Soneto Antigo - Cecília Meirelles




Responder a perguntas não respondo.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Só do que sei de mim aos outros conto:
de mim, atravessada pelo mundo.

Toda a minha experiência, o meu estudo,
sou eu mesma que, em solidão paciente,
recolho do que em mim observo e escuto
muda lição, que ninguém mais entende.

O que sou vale mais do que o meu canto.
Apenas em linguagem vou dizendo
caminhos invisíveis por onde ando.

Tudo é secreto e de remoto exemplo.
Todos ouvimos, longe, o apelo do Anjo.
E todos somos pura flor de vento.


Fênix (Flávio Venturini e Jorge Vercilo)


Eu,
prisioneiro meu
descobri no breu
uma constelação

Céus,
conheci os céus
pelos olhos seus
Véu de contemplação

Deus,
condenado eu fui
a forjar o amor
no aço do rancor
e a transpor as leis
mesquinhas dos mortais

Vou
entre a redenção
e o esplendor
de por você viver

Sim,
quis sair de mim
esquecer quem sou
e respirar por ti
e assim transpor as leis
mesquinhas dos mortais

Agoniza virgem Fênix
(O amor)
entre cinzas, arco-íris e esplendor
por viver às juras de satisfazer
o ego mortal

Coisa pequenina,
centelha divina,
renasceu das cinzas

Onde foi ruína
pássaro ferido
hoje é paraíso

Luz da minha vida,
pedra de alquimia
Tudo o que eu queria
Renascer das cinzas

Quando o frio vem
nos aquecer o coração
Quando a noite faz nascer
a luz da escuridão
e a dor revela a mais
esplêndida emoção
O amor

O Laço de fita - Castro Alves



Não sabes crianças? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos, formosa Pepita.Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.

Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos da moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
Formoso enroscava-se
O laço de fita.

Meu ser, que voava nas luzes da festa,
Qual pássaro bravo, que os ares agita,
Eu vi de repente cativo, submisso
Rolar prisioneiro
Num laço de fita.

E agora enleada na tênue cadeia
Debalde minh'alma se embate, se irrita...
O braço, que rompe cadeias de ferro,
Não quebra teus elos,
Ó laço de fita!

Meu Deus! As falenas têm asas de opala,
Os astros se libram na plaga infinita.
Os anjos repousam nas penas brilhantes...
Mas tu... tens por asas
Um laço de fita.

Há pouco voavas na célere valsa,
Na valsa que anseia, que estua e palpita.
Por que é que tremeste? Não eram meus lábios...
Beijava-te apenas...
Teu laço de fita.

Mas ai! findo o baile, despindo os adornos
N'alcova onde a vela ciosa... crepita,
Talvez da cadeia libertes as tranças
Mas eu... fico preso
No laço de fita.

Pois bem! Quando um dia na sombra do vale
Abrirem-me a cova... formosa Pepita!
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.

O Gondoleiro do Amor - Castro Alves

    Teus olhos são negros, negros,
    Como as noites sem luar...
    São ardentes, são profundos,
    Como o negrume do mar;

    Sobre o barco dos amores,
    Da vida boiando à flor,
    Douram teus olhos a fronte
    do Gondoleiro do amor.

    Tua voz é a cavatina
    Dos palácios de Sorrento,
    Quando a praia beija a vaga,
    Quando a vaga beija o vento;

    E como em noites de Itália,
    Ama um canto o pescador,
    Bebe a harmonia em teus cantos
    O Gondoleiro do amor.

    Teu sorriso é uma aurora,
    Que o horizonte enrubesceu,
    -Rosa aberta com o biquinho
    Das aves rubras do céu.

    Nas tempestades da vida
    Das rajadas no furor,
    Foi-se a noite, tem auroras
    O Gondoleiro do amor.

    Teu seio é vaga dourada
    Ao tíbio clarão da lua,
    Que, ao murmúrio das volúpias,
    Arqueja, palpita nua;

    Como é doce, em pensamento,
    Do teu colo no languor
    Vogar, naufragar, perder-se
    O Gondoleiro do amor!?...

    Teu amor na treva é - um astro,
    No silêncio uma canção,
    É brisa - nas calmarias,
    É abrigo - no tufão;

    Por isso eu te amo querida,
    Quer no prazer, quer na dor...
    Rosa! Canto! Sombra! Estrela!
    Do Gondoleiro do amor.